MESTRE BONSAI

Paciência é quando respiramos com o mesmo ritmo do bonsai.

  • FOTOS / Pictures

    Canais/Channels

  • Canal Mestre Bonsai no Youtube



  • It is a lame translation, but it is a translation :-)

  • Mestre Bonsai no Instagram
  • Grupo Mestre Bonsai Portugal no WhatsApp

  • Procurar no site: Mestre Bonsai

  • Coloque o seu email para passar a receber uma notificação por email sempre que houverem alterações.

    Junte-se a 564 outros subscritores
  • Iberweb

  • Blog Stats

    • 1.075.051 _ Desde 10/2010
  • Arquivos

  • Subscrever

  • Top Posts



  • Map
  • Prémios Atribuídos

  • Iberweb

Archive for the ‘* FICHA TÉCNICA’ Category

“Erica japonicum” – Leptospermum scoparium

Posted by mestrebonsai em Outubro 28, 2016

Leptospermum scoparium

Leptospermum scoparium

Leptospermum scoparium – “Erica japonicum”

O Leptosperum é uma árvore Neozelandesa e Australiana que eles conhecem como sendo a “árvore do chá”. Este nome de “árvore do chá”, surgiu porque o Capitão Cook usava as folhas para fazer um chá.
Ao contrário do nome que produtores inventaram: “Erica japonicum” ela não é do Japão. Talvez por a flor se “assemelhar” ao das cerejeiras!?
Nestes países, Neozelandia e Austrália, é uma árvore/arbusto prolífico, de tal modo que costuma ser o primeiro a aparecer após uma limpeza de terreno.

leptospermum-scoparium-apple-blossomCaracterísticas: Muitos consideram arbusto porque em média atinge os 2 a 5mt e com aspecto arbustivo, mas outros consideram ser árvore porque se for reduzido a um tronco este engrossa e pode chegar aos 6mt.
Tem folha perene e geralmente só fica com as folhas amarelas em casos de stress para a planta. A folhagem é densa e as folhas têm entre 7mm e 20mm e cerca de 2mm a 6mm de largura com uma ponta curta espinhosa.leptospermum_scoparium_wiri_kelly
As flores podem ser brancas ou rosadas e têm entre 8mm e 15mm, mas raramente podem ficar maiores até uns 25mm em diâmetro.  As flores têm geralmente 5 pétalas. Começaram a aparecer recentemente alguns cultivar com mais, mas são provenientes como o nome diz de cruzamentos. Algumas, devido aos nutrientes podem variar entre as duas cores principais, mas mais interessante e mais raro é o facto de algumas serem quase Lilás.

Pestes: É propensa a ser atacada pelo escaravelho Pyronota festiva. Em Portugal aparece muitas vezes um fungo preto que pode ser evitado se não molhar os ramos nem folhas. Combate de fungos pode ser feito com calda bordalesa muito diluída.
.
Luz:
Precisa de muita luz, porém quando em vaso tem que se ter cuidado com o sol directo. É de salientar o clima da Neozelandia:
“A Nova Zelândia apresenta climas temperados, precipitações moderadamente elevadas e muitas horas de sol. Enquanto o extremo norte tem um clima subtropical durante o verão e as áreas alpinas do interior de South Island podem ser tão frias chegando a -10°C (14°F) no inverno, a maior parte do país está localizada perto da costa, o que significa temperaturas amenas.
A temperatura média da Nova Zelândia diminui conforme você viaja para o sul. Janeiro e fevereiro são os meses mais quentes e julho é o mês mais frio do ano. No verão, a média das faixas de temperatura máxima varia entre 20 a 30 ºC (70-90 °F) e no inverno entre 10 a 15 ºC (50 a 60 °F).”

(Lamento mas não tenho a fonte desta informação, encontrando, coloco)

No interior: o Leptospermum não gosta de luzes fluorescentes.


Temperatura: Não gostam de temperaturas abaixo dos 5ºC mas prefere ambientes mais frescos, entre os 10 e os 17ºC, pelo que em interiores aquecidos começará a ter problemas.

Fertilização: Aplicação de um fertilizante mais ácido mas tem que se usar uma dose muito diluída uma vez que a espécie queima facilmente (raízes sensíveis).

.

Rega: Prefere solos em “humidade-pano-torcido” constante. NUNCA se deve deixar secar o solo, é talvez a forma mais rápida de o matar! As folhas não ficam murchas e em cerca de 1h a 2hs de calor a planta morre. E não, não é possível voltar a reanimar tentando re-hidratar.
IMPORTANTE é que é muito sujeito ao apodrecimento de raízes quando existe água em excesso, como por exemplo existe um prato com água debaixo do vaso.
Não borrifar as folhas que favorecem o aparecimento de fungos.

.

Transplante: Sempre nos dias mais frios do ano. Aqui em Portugal e no norte será em fim de Janeiro.
É muito difícil transplantar a planta sem ela ficar demasiado stressada e muitas vezes até morrer! A ideia será fazê-lo de forma faseada se está a treinar para bonsai, ou seja, um pouco de cada vez e em misturas granuladas em maior quantidade que as misturas em “pó” .
Tolera qualquer tipo de solo  rico em húmus mas de preferência misturado com solo ácido.
NUNCA se transplanta nem treina se foi feita uma poda e vice-versa.
NUNCA se pode fazer uma poda de raízes mais severa, sempre pouca coisa. Basicamente faz-se transplante anual e uma vez retira-se um centímetro de um lado, outra vez um centímetro do outro, etc. Deve evitar-se descruzar as raízes.
.
Poda: Proceder de acordo com o mostrado aqui.
.
Reprodução: Durante a época de crescimento cortam-se estacas jovens com cerca de 5cm a 10cm, metade tem de ficar debaixo de terra. Se a estaca tiver madeira avermelhada vai enraizar muito mais rápido que a madeira já acastanhada. Proteja as estacas contra a secura. Um plástico por cima do vaso é boa ideia.
.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
.
Treino: A madeira é dura e racha quando torcida ou dobrada. Geralmente vai-se dobrando ao longo de vários anos até à posição desejada. Isso ou então enquanto os ramos são jovens.
Cortar atrás do grupo de folhas ou fazer desfolhagem resulta na maioria das vezes na morte do ramo.

 

Outros:
– A madeira costuma ser usada para cabos de ferramentas.
– O serrim é aromatizado e muitas vezes utilizado na carne fumada.

– O mel de abelha obtido do Leptosperum tem propriedades medicinais.
– Também se podem extrair óleos essenciais aromatizados das folhas através do método de vapor. Os óleos são potentes anti-fungicos e contêm agentes anti-bacterianos.
– O óleo pode ser esfregado em músculos doridos para ajudar a aliviar
– O chá obtido das folhas pode ser utilizado para combater problemas urinários e baixar a febre.
– Também se pode inalar o vapor do chá das folhas para ajudar a combater as constipações.
– A seiva pode ser utilizada em queimaduras para aliviar e ajudar a curar
– Alguns dizem que mascar a casca ajuda a relaxar e até a induzir ao sono
.
Sobre bonsai
É provavelmente uma das espécies mais difíceis de manter fora do país de origem. Porém, quando se aprende e consegue regar e transplantar com minimo stress para a planta é possível dar-lhe uma vida longa.

Alguns cultivar conhecidos por quem faz bonsai:

Leptospermum attenuatum; Leptospermum flavens; Leptospermum flavescens;
Leptospermum humifusum; Leptospermum laevigatum; Leptospermum myrtaceae;
Leptospermum petersonii; Leptospermum scoparium; Leptospermum scoparium ‘Kiwi’

 

SONY DSC de-paulzie-de-newzealand 3322b 2936_leptospermumkiwipg500

Guardar

Guardar

Guardar

Posted in * FICHA TÉCNICA | Com as etiquetas : , , , , , , , , , , , , | 2 Comments »

Leptoglossus occidentalis

Posted by mestrebonsai em Outubro 20, 2015

Leptoglossus occidentalis (“Matador de Pinheiros“) / “Insecto de pés-de-folha”

Leptoglossus_occidentalis_g3Uma vez que começaram a aparecer em força, achei melhor falar sobre este insecto e os males que provoca.

É de origem Norte-Americana e tornou-se uma espécie invasora na Europa.
Tem geralmente entre 16 e 20mm, os machos são mais pequenos que as fêmeas, podem voar.
Alimentam-se da seiva das pinhas ainda em formação e provocam a morte dos pinhões ainda em formação.

Não tem inimigos naturais na Europa, e tendo havido uma super-produção de pinhas nos pinheiros europeus nos ultimos 3 anos, a espécie multiplicou-se de forma quase incontrolável.

O que isto quer dizer para os bonsai?
Bom, o leptoglossus occidentalis é portador de um fungo que mata os pinheiros.

Como matar?
Esta espécie é conhecida por gostar de se tentar abrigar dentro das nossas casas e abrigos, no fim do Outono, para se proteger do frio… é apanha-los e mata-los.
Não existem estudos de insecticidas eficientes, pelo que, assim que eu tiver mão em alguns destes bicharocos, farei alguns testes. Até lá é extermina-los agressivamente… ou perdem os vossos pinheiros.

 

Agradecimentos:
Penn State College of Agricultural Scienceshttp://ento.psu.edu/extension/factsheets/western-conifer-seedbug

Posted in * FICHA TÉCNICA | Com as etiquetas : , , , , , , | Leave a Comment »

Punica granatum – Romãzeira

Posted by mestrebonsai em Fevereiro 6, 2013

Punica-Granatum-NanaPunica granatum – Romãzeira

ou: Punica granatum ‘nana’

Outras subespécies: Granatum punicum; Punica florida salisbury; Punica grandiflora; Punica granatum sativum; Punica spinosa; Punica multiflora

pömum = maçã / gränätum = semente
em Portugues: Romã tem origem no Árabe: ruman com influencias Egípcias e Semíticas.

A romã tem uma importância histórica e está associada a rituais de amor e fecundidade. Para o povo Judeu é um símbolo religioso de passagem de ano. Foi cultivada pelos Egípcios, Gregos e Fenícios. Em Roma era usada para rituais de culto como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.

Características: A romã em si não é um fruto, é uma infrutescência (basicamente o fruto são as pequenas bagas no seu interior). Crê-se que a origem da romazeira seja na Grecia, Chipre, Síria e provavelmente a Ásia Menor.Punica_granatum
A Punica granatum é um arbusto ou “pequena árvore” de folha caduca que cresce de 5 a 8mts. As flores são polinizadas na Primavera e os frutos maturam ao longo do Verão sendo a sua maturação máxima geralmente no Outono.
As folhas são opostas, estreitas e alongadas com geralmente 3 a 7cm de comprimento e uns 2cm de largura. As flores são de um vermelho vivo, ás vezes alaranjadas com 4 a 5 pétalas. O fruto é considerado uma baga com muitas sementes no seu interior. Geralmente pode ter entre 200 e 1400 sementes. Cada semente é rodeada de uma polpa.

.

Pestes: Cuidado com a “lepra do pessegueiro”, convém tratar (com calda bordalesa ou antifungico) mal existam sinais de aparecimento. Também costumam aparecer lapas e bicho de algodão. Não borrifar as folhas durante a rega que favorece o aparecimento de fungos.
.
Fertilização
: Fertilizantes orgânicos são preferênciais mas a utilização de fertilizante líquido é melhor absorvido. Utilizar fertilizantes equilibrados NPK (10-10-10) ou aproximados. (Não interessa o valor, pode até ser 21:20:20 ou 2:2:2, tem é de ser equilibrado ou valores muito proximos)

.

Rega: É razoavelmente resistente a um solo mais seco, porém não é aconselhável deixar a terra secar no verão, manter a terra húmida. No inverno pode secar ligeiramente se estiver no exterior, no interior deixar apenas chegar até à “humidade-pano-torcido”.
Os frutos serão mais saudáveis se durante a época de desenvolvimento o solo estiver mais húmido e serão mais doces se quando começam a ganhar côr se regue em menor quantidade mas sem dar sede.
Excesso de água apodrece as raízes rapidamente. Tolera geadas e algum frio. Em frios extremos (-1oºC) os ramos mais novos queimam e secam.
Não borrifar as folhas que favorecem o aparecimento de fungos e  pulgões.

.

Transplante: Tolera qualquer tipo de solo  rico em humus, convém ter uma percentagem barrenta.
.
Poda: Proceder de acordo com o mostrado aqui.
.
Reprodução:A romazeira é cultivada principalmente pelo seu fruto, porém algumas subespécies são cultivadas pela sua flor em parques e até jardins e outras pela miniaturização do fruto (punica granatum ‘nana’). Pode ser reproduzida por semente mas o método mais eficaz é por estaca que deve ter entre 25 a 50cm. A estaca deve ser de madeira dura (ramos novos apodrecem rápido), que evitam que exista uma degeneração dos frutos. Consegue-se reproduzir por alporque.
Enxertia é uma perda de tempo, uma vez que acaba por degenerar e a cicatriz não cura devidamente o que a faz morrer mais rapidamente.
.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
.
Treino: A madeira é dura e racha quando torcida ou dobrada. Geralmente vai-se dobrando ao longo de vários anos até à posição desejada. Dobrar com demasiado entusiasmo leva à quebra do ramo. Pode-se usar arame porém tem poucos benefícios em termos de formação.
Não aconselho sol total no verão enquanto plantada em vaso. Sol filtrado é eficaz e seguro. Durante o Inverno pode estar completamente exposta.
.
Outros:
– Segundo tradições, a graínha/semente e a casca são utilizadas como remédio contra a diarreia, desinteria e vermes intestinais.
– As sementes e o sumo são utilizados como tónico para a garganta e coração.
– O consumo do Sumo inibe infecções virais
– Sem confirmação ainda, os Indianos utilizam as sementes da Romã via oral como contraceptivo e como abortante em forma de supositório vaginal.
(Estas são entre outras as aplicações. Colocarei mais conforme me for lembrando ou conseguindo informação)
.
Sobre bonsai
Costuma-se utilizar a subespécie: Punica granatum ‘nana’ por causa do tamanho dos frutos e flores que é muito mais pequena. Acredita-se que a P.g.’nana’ seja uma variedade silvestre e de origem distinta. As flores são mais alaranjadas / rosadas do que a variedade P.granatum
.

Flores de Romazeira

Flores de Romazeira

Punica granatum 'nana': flor e início do fruto

Punica granatum ‘nana’: flor e início do fruto

Punica granatum 'flore pleno'

Punica granatum ‘flore pleno’

Punica granatum: flor

Punica granatum: flor

.

.

.

.

.

..

Fruto aberto, sementes no interior

Fruto aberto, sementes no interior

Sementes de Romã soltas

Sementes de Romã soltas

Bonsai P.g.'nana'

Bonsai P.g.’nana’

Bonsai romazeira

Bonsai romazeira

Posted in * FICHA TÉCNICA | 5 Comments »

Thuja – Tuia

Posted by mestrebonsai em Novembro 22, 2012

Ultima actualização: 22/6/2016
Planta de EXTERIOR

THUJA (TUIA; Cipreste; Pinheiro-de-cemitério; Árvore-da-vida)
Também conhecido por alguns, principalmente no Brasil, por:  shimpaku

Thuja occidentalis; Thuja koraiensis (Koreana); Thuja standishii (Japonesa); Thuja sutchuenensis (Sishuan); Thuja plicata; Thuja orientalis > mudou de nome para Platycladus orientalis (Chinesa/Oriental)
Árvore nativa da Ásia oriental e Norte da América.

Espécie muito utilizada para decorar cemitérios pelo que lhe chamam Pinheiro-de-cemitério.

(Na imagem do lado esquerdo Thuja occidentalis)

.

.

Características: Árvore de folha perene que pode crescer entre 3 a 60mt. Casca cresce em veios de castanho-avermelhado escurecido. As folhas apresentam-se em escamas e têm de 1 a 10mm, EXCEPTO AS PLANTAS JOVENS que apresentam as folhas com um aspecto de agulha (Como se vê na imagem a cima). As folhas apresentam-se alternadamente ao longo do ramo. Os novos rebentos são maioritariamente achatados e crescem lateralmente, bidimencional. As pinhas da árvore Masculina são pequenas e apresentam-se na ponta dos ramos. As pinhas Femeninas começam por ser pequenas e depois crescem de 1 a 2cm e amadurecem entre 6 a 8 meses, abrindo e libertando posteriormente as sementes.
Existe um hibrido entre a T. standishi e a T. plicata e o cultivar tem o nome de: “Thuja Green Giant” (Tuia Gigante Verde)

.

Pestes: Alimento favorito das larvas de algumas Lapidoptera (borboletas). Cuidado com o fungo da ferrugem, convém tratar (com calda bordalesa ou antifungico) mal existam sinais de aparecimento. Não borrifar as folhas que favorecem o aparecimento de fungos.
.
Fertilização
: Fertilizantes orgânicos são preferênciais mas a utilização de fertilizante líquido é melhor absorvido. Utilizar fertilizantes equilibrados NPK (10-10-10) ou aproximados. (Não interessa o valor, pode até ser 21:20:20 ou 2:2:2, tem é de ser equilibrado ou valores muito proximos)

.

Rega: Não é aconselhável deixar a terra secar no verão, manter a terra húmida. No inverno pode secar ligeiramente se estiver no exterior, no interior deixar apenas chegar até à “humidade-pano-torcido”.
As Thuja gostam de solos húmidos mas não podem estar constantemente encharcados.
Não borrifar as folhas que favorecem o aparecimento de fungos.

.

Transplante: Tolera qualquer tipo de solo, quer rico em humus, quer arenoso quer barrento, contudo o solo interfere no crescimento. Sendo uma resinosa é aconselhável fazer o transplante em tempo frio e antes da Primavera
.
Poda: Proceder de acordo com o mostrado aqui.
.
Reprodução: Consegue-se propagar por semente e por estaca. Estaquia: Plantas em vaso com boa drenagem e uma mistura de 4 medidas de areia para 1 de humus. As estacas devem ter 30 cm ou mais, cerca de 20cm irão ficar dentro da mistura. As estacas devem estar limpas de folhas na área que ficar enterrada. As estacas devem ser colocadas num local sem sol directo. A mistura nunca pode secar. Em princípio um ano a seguir devem ter raízes para suportar o transplante.
.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
.
Treino: A madeira é razoalvelmente maleàvel contudo racha quando torcida ou demasiado dobrada. Utilizar arame, mas na época de crescimento convém ter atenção para que não vinque a casca. Deve-se retirar e aramar no sentido oposto.
Não aconselho sol total no verão enquanto plantada em vaso. Sol filtrado é eficaz e seguro. Durante o Inverno pode estar completamente exposta.
.
Erros comuns com bonsai .
Sol directo e borrifar

Sol directo e borrifar

Morte de ramo por excesso de desidratação (começo)

Morte de ramo por excesso de desidratação (começo)

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

.

.

Aspecto da Thuja “na Natureza”
Thuja standishii

Thuja standishii

Thuja standishii

Thuja standishii

Thuja standishii

Thuja standishii

Thuja occidentalis
Thuja occidentalis
Thuja orientalis

Thuja orientalis

Thuja orientalis

Thuja orientalis

Thuja plicata
Thuja plicata

Guardar

Posted in * FICHA TÉCNICA | 12 Comments »

Operculicarya decaryi

Posted by mestrebonsai em Julho 30, 2012

Esta foto pertence ao site: http://www.hhbonsai.com/operculicarya/

OPERCULICARYA DECARYI

Veja o video da ficha técnica aqui: https://www.youtube.com/watch?v=XkZozV3psrk

(falso pimenteiro japonês; “pimenteiro japonês”; “Zanthoxylum piperitum”; Jabily)

Árvore /arbusto com origem Madagascar.

A Operculicarya é muitas vezes erradamente confundida com o Zanthoxylum piperitum ou pimenteiro japonês, que como se pode ver mais a baixo, são diferentes.

Operculicarya / Zanthoxylum

Como se observa nas imagens do lado esquerdo
as folhas da Operculicarya são Orbiculares (ovaladas)
enquanto que as do Zanthoxylum são lanceoladas (pontas nos dois extremos).

.

.

.

Características: Árvore de porte pequeno em que na natureza o tronco tem tendência a “engordar”, o que lhe dá a alcunha de  “pata de elefante”.  No exterior perde 2/3 das folhas durante o Inverno frio, mas se for demasiado frio acaba por perder ramos.
Precisa de muita luminosidade mas é muito sensível ao sol directo. Quando desidrata por não ter acesso à humidade de compensação os ramos/tronco tornam-se enrugados e as folhas caem secas.
Em adulto a casca torna-se rugosa e de cor clara. Possui pequenos espinhos nas ramificações jovens, geralmente na base das folhas; os espinhos aparecem apenas se tiver pouca humidade presente (atenção: pouca humidade não é seca).
A folha é composta por vários lóbulos em número ímpar (7 a 11) de verde escuro e brilhante mas do lado inverso sem brilho e um pouco mais claro. Têm algum aroma.
As folhas tornam-se amarelas e caem no frio e quando existe demasiada água a nível de raízes (por ex. por causa da presença de prato com água).

As flores são muito pequenas, e algo amarela/verde, tornam-se avermelhadas em ambientes frios, em Portugal no início da Primavera.

Existe diferenciação sexual: árvore de flor masculina e árvore de flor feminina. Para frutificar é preciso a presença de ambas.

Os frutos são de uma cor rosada e algo picantes.

O crescimento de raízes é abundante pelo que deve ser transplantada a cada 2 anos, porém as raízes são algo sensíveis a excessos (de fertilizante; água a mais; falta de água…)

.
Fertilização: Fertilização em excesso queima as raízes com facilidade. Os primeiros sinais são os das folhas ficarem castanhas como se estivessem queimadas pelo sol, sendo seguida por um escurecimento em casos mais extremos. É preferível fertilizar-se em quantidades mais pequenas, até porque mais alimento dá origem a novas folhas maiores.
Prefere alimento orgânico ao alimento químico, mas desenvolve-se bem com ambos.
Para reduzir folhas, expor a quantidades superiores de luz e utilizar fertilizantes mais ricos em fósforo (P) e Potássio (K) do que Nitrogénio (N)

.

Rega: Apesar de ser uma espécie que gosta de água, não é de forma alguma uma planta aquática, pelo que excessos, como pratos com água debaixo do vaso levam ao apodrecimento das raízes e à sua morte. Principalmente durante o Inverno Europeu. Deve-se manter a terra bem húmida durante todo o tempo quente e ambientes secos, e a terra apenas algo húmida (humidade-pano-torcido) durante o Inverno. Deve-se evitar deixar a terra secar por completo.
NUNCA borrifar as folhas, principalmente no interior e durante tempo frio e húmido, pois leva ao aparecimento de fungos nas folha, que acabam por matar o bonsai. Se estiver em flor, perde-las-à.

.

Transplante: Quando começa a Primavera vegetativa e antes de dar flor, até fim da Primavera, nunca no Verão, Outono ou Inverno. Nunca transplante  se tiver flor/frutos. Durante o transplante não deixar as raízes secarem. Gosta de solos bem drenados com húmus e ligeiramente ácidos, daí que evolui melhor em misturas de 1 de akadama para 2 de humus, 1 de kanuma e 1 de areia.  Evite danificar demasiadas raízes durante o transplante, pois começa a perder ramos. Retire todas as raízes que possam estar podres. É aconselhável que corte a ramificação excessiva antes ou após transplante para reduzir o stress e haver um equilíbrio entre quantidade de raízes e de ramificação. DEVE manter a terra sempre húmida nos meses a seguir ao transplante, não podendo nunca a terra secar por completo.
Nunca fertilize no mês a seguir ao transplante, mas eu aconselho que espere dois meses para a começar a fertilizar.
É aconselhável transplantar esta espécie a cada 2 anos ou 3 como máximo devido ao crescimento abundante de raízes.
Nunca utilizar terra “reciclada” com esta espécie; a sua sensibilidade a fungos torna a técnica arriscada.
.
Poda: Para aparar apenas, corta-se o rebento da ponta que leva à ramificação. Para formação e ramificação, deve-se deixar um mínimo de 2 folhas saudáveis no ramo e cortar a cima deixando um pequeno toco. Ramificará num rebento perto da folha mais apical. Para se dar mais volume e mais folhas, deve-se podar frequentemente, desde que as folhas existentes tenham aberto por completo e apresentem aspecto de serem mais adultas.
.
Reprodução: Por estaca, porém deve-se limpar o ramo cortado deixando apenas  1 a 2 folhas, para evitar dispêndio de energia. Por semente, basta colocar em terra e cobrir. Mantém-se a terra bem húmida o que leva à decomposição da baga, a fermentação facilita a germinação das sementes.
.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
.
Treino: Cuidado ao dobrar os ramos, partem com facilidade. Por ser de crescimento muito rápido pode-se usar arame mas com muito cuidado para não ficar marcado, algo que começa a acontecer 1 mês após colocação deste. Por esse motivo usar por exemplo ráfia, usar estacas ou amarrar pesos, são alguns dos melhores métodos.
.
Aspecto da Operculycaria na Natureza
.
.Mais imagens aqui
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Outras Imagens

Posted in * FICHA TÉCNICA | 33 Comments »

JABUTICABA – Myrciaria cauliflora

Posted by mestrebonsai em Junho 6, 2012

Ultima actualização: 31/07/2018
(Especial para os leitores Brasileiros 😉 )
Para evitar confusões,  dificilmente encontra esta espécie em Portugal.

Myrciaria cauliflora – JABUTICABA
(Jabutica; Jabuticabeira; Guapero; Árvore das uvas Brasileiras; Hivapuru; Sabará; Ybapuru)
(Wiki_IG) (Wiki-PT)

Árvore encontrada na América do Sul (Mata atlântica), origem em Mina gerais.

Nome: JABUTICABA vem do dialeto tupi guarani e pensa-se que signifique “Fruta de Jaboti” ou ainda “Sebo de jaboti” pelo facto desse animal se alimentar deste fruto ou ainda por causa da semelhança do cebo ou gordura do jaboti com a polpa do fruto. Também recebe o nome de: Jabuticaba Sabará, Jabuticaba do sertão, jabuticaba mineira, Jabuticaba sarandi, Jabuticaba paulistinha e Jabuticaba ponhema e ainda jabuticaba apimentada (sendo que cada nome designa uma variedade dentro da mesma espécie).

Características: Os frutos crescem no tronco e são de uma cor púrpura exteriormente e de polpa ligeiramente rosada interiormente, plantada para consumo directo ou em geleias e sumos.
de casa). No exterior perde uma maior quantidade, podendo ultrapassar mais de metade.
As folhas são perenes (não caem em estação mais fria), nascem de uma cor salmão e durante o desenvolvimento tornam-se verdes. É uma árvore de crescimento muito lento e prefere solos húmidos mas não encharcados, de preferência levemente ácidos e mineralizados (areia).
As flores crescem cerca de duas vezes por ano, no tronco e/ou ramos, e são brancas onde aparecem frutos. Se tiver humidade suficiente está quase sempre em flor e com fruto, em clima tropical. Os frutos têm até 4cm de diâmetro e dentro possui uma a 4 sementes. Os frutos fermentam após 4 dias pelo que leva a que os consumidores façam geleias e doces variados.
Tolera frio moderado mas consegue resistir até -3º C por curtos espaços de tempo (um, dois dias), o frio atrasa o crescimento e o tempo de maturação do fruto.
O tronco é manchado em duas tonalidades e liso. Cresce até 10 metros altura
.

ORIGEM: Aparece nas planícies aluviais, nas matas abertas do litoral, sub matas do planalto, baixadas dos pinhais e beiras de rios dos estados do: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul, Brasil.

.

Fertilização: Fertilização em excesso queima as raízes com facilidade. Os primeiros sinais são os das folhas ficarem castanhas como se estivessem queimadas pelo sol, sendo seguida por um escurecimento em casos mais extremos. É preferível fertilizar-se em quantidades mais pequenas, até porque mais alimento dá origem a novas folhas maiores.

.

Rega: Apesar de ser uma espécie que gosta de água, não é de forma alguma uma planta aquática, pelo que excessos, como pratos com água debaixo do vaso levam ao apodrecimento das raízes e à sua morte. Principalmente durante o Inverno Europeu. Deve-se manter a terra bem húmida durante todo o tempo quente e ambientes secos, e a terra apenas algo húmida (humidade-pano-torcido) durante o Inverno. Deve-se evitar deixar a terra secar por completo.
NUNCA borrifar as folhas, principalmente no interior e durante tempo frio e húmido, pois leva ao aparecimento de fungos (como o míldio) nas folha, que acabam por matar o bonsai.

.

Transplante: Quando começa a Primavera vegetativa, até fim da Primavera, nunca no Verão, Outono ou Inverno. Nunca transplante  se tiver frutos. Durante o transplante não deixar as raízes secarem. Gosta de solos com húmus e ligeiramente ácidos, daí que evolui melhor em misturas de 1 de kanuma para 3 de humus e 1 de areia. Evite danificar demasiadas raízes durante o transplante, pois começa a perder ramos. DEVE manter a terra sempre húmida nos meses a seguir ao transplante, não podendo nunca a terra secar por completo.
Nunca fertilize no mês a seguir ao transplante, mas eu aconselho que espere dois meses para a começar a fertilizar.
.
Poda: Para aparar apenas, corta-se o rebento da ponta que leva à ramificação. Para formação e ramificação, deve-se deixar um mínimo de 2 folhas saudáveis no ramo e cortar a cima deixando um pequeno toco. Cada par de folhas ramificará num rebento, ou seja, aparecem dois rebentos junto às folhas que ficaram. Para se dar mais volume e mais folhas, deve-se podar acima de cada par de folhas que apareça, desde que as folhas existentes tenham aberto por completo e apresentem aspecto de serem mais adultas.
.
Reprodução: Por estaca, porém deve-se limpar o ramo cortado deixando apenas 2 folhas, para evitar dispêndio de energia. Por semente, basta colocar em terra e cobrir. Mantém-se a terra bem húmida o que leva à decomposição da baga, a fermentação facilita a germinação das sementes. Por enxerto para obter frutos em 5 anos ou menos (normalmente demora entre 10 a 20 anos), porém o tempo de vida da árvore diminui (por ser enxertada).
As sementes são arredondadas achatadas de cor castanho claro, recalcitantes (perdem o poder germinativo se forem secadas) e germinam em 40 a 60 dias se forem plantadas em no máximo 20 dias após colhidas. Convém seleccionar as sementes mais pesadas e graúdas para semear em jardineiras (com 40 cm por 20 cm por 20 cm) preenchidas com substrato rico em matéria orgânica. Quando as plântulas estiverem com 8 a 10 cm de altura se faz o transplante directamente para embalagens individuais que devem ficar em local sombreado até o pleno pegamento e brotação nova. As mudas atingem 30 a 40 cm com 1 ano após a germinação.
No SOLO: O plantio definitivo das mudas deve ser em covas de 50 x 50 x 50 cm, preparadas com 2 meses de antecedência, misturando aos 30 cm iniciais 6 pás de esterco bem curtido, 200 gramas de farinha de ossos, 500 g de cinza de madeira, misturando tudo muito bem. Nos climas mais frios plante num espaçamento de 6 x 6 m e em climas mais quentes plante no compasso de 8 x 8 m. A melhor época de plantio é Outubro a Novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada semana se não chover. As plantas dessa espécie podem ser cultivadas em vasos; e nessas condições iniciam a frutificação com 3 a 4 anos após o plantio.
.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
.
Treino: Cuidado ao dobrar os ramos, partem com facilidade. Por ser de crescimento muito rápido pode-se usar arame mas com muito cuidado para não ficar marcado, algo que começa a acontecer 1 mês após colocação deste. Por esse motivo usar por exemplo ráfia, usar estacas ou amarrar pesos, são alguns dos melhores métodos.
.
Info. Extra: O fruto pode ser usado no tratamento de  Hemoptise , Asma (Casca), Diarreia e inflamação das amígdalas (gargarejar uma solução). O fruto contém anti-oxidantes muito fortes e até anti-cancerígenos.
Jabutcaba deriva da língua Tupi: Jabuti = tartaruga  e  Caba = Local, ou seja o local onde se encontra tartarugas

Posted in * FICHA TÉCNICA | Com as etiquetas : , , , , , , , , , , , , , | 62 Comments »

ACER …

Posted by mestrebonsai em Março 21, 2012

ACER

Existem ACER em quase todo o planeta, pode ver uma lista aqui ou aqui. São cerca de 129 espécies porém existem milhares de cultivares (subespécie). A maior parte evoluiu na Ásia, Europa, África e América do Norte.

Ambiente: Prefere climas amenos e de humidade constante. Quando exposto ao sol tem tendência em queimar as folhas parcialmente e em casos extremos, queimar totalmente a folha. Em vaso tal facto extremo é o mais comum quando a humidade relativa do ar é baixa. Pelo que se deve ter o cuidado de lhe fornecer o máximo de luminosidade possível mas evitar o sol directo durante os meses quentes ou de verão.

Características: .A maioria dos Acer cresce entre os 10 e os 50mt de altura, os de tamanho a baixo do 10mt são considerados arbustivos. Raízes costumam ser densas e fibrosas. Gosta de humidade e é tolerante à meia-sombra. É habitual aparecerem rebentos a nível das raízes.

As folhas são geralmente de côr Verde, Vermelho, Laranja ou Amarelas e maioritariamente caducas a não ser nas espécies mediterrâneas que são perenes, e têm lóbulos com veias centralizadas ou apicais. As flores aparecem no fim do Inverno ou no início da Primavera e geralmente só depois do aparecimento das folhas, têm 5 petalas e nascem em racemo (amentilho) ou umbela. Após fertilização e maturação (que demora entre 2 semanas e 6 meses), as sementes possuem uma aleta que lhe permite “voar” e afastar-se da planta mãe.
A côr da folha em diversas épocas do ano tem a função de atrair ou afastar insectos, umas vez que os insectos autóctones à espécie reagem à cor  da mesma. As sementes têm de ser estratificadas (ver em reprodução) antes de germinarem

Fertilização: Fertilização em excesso queima as raízes com facilidade. Os primeiros sinais são os das folhas ficarem castanhas como se estivessem queimadas pelo sol, sendo seguida por um escurecimento em casos mais extremos. É preferível fertilizar-se em quantidades mais pequenas, até porque mais alimento dá origem a novas folhas um pedaço  maiores.

Rega: Apesar de ser uma espécie que gosta de humidade, não é de forma alguma uma planta aquática, pelo que excessos, como pratos com água debaixo do vaso levam ao apodrecimento das raízes e à sua morte. Principalmente durante o Inverno. Deve-se manter a terra bem húmida durante todo o tempo quente e ambientes secos, e a terra apenas algo húmida (humidade-pano-torcido) durante o Inverno.
NUNCA borrifar as folhas, principalmente no interior e durante tempo frio e húmido, pois leva ao aparecimento de fungos (como o míldio) nas folha, que acabam por matar o bonsai.

Pestes/Doenças: As folhas são bastante atraentes para algumas formas larvares, são também procuradas por vespas que gostam de cortar as folhas para as transformarem em ninho. Ambientes muito húmidos e folhas molhadas levam ao possível aparecimento de fungos como o míldeo e a ferrugem, que podem ser evitados com a aplicação de um fungicida sistémico como o sulfato de cobre.

Transplante: Quando começa a Primavera vegetativa, até fim da Primavera, nunca no Verão, Outono ou Inverno. Deve-se evitar o transplante quando está a florir. Durante o transplante não deixar as raízes secarem. Gosta de solos equilibrados entre húmus e minerais, daí que evolui melhor em misturas de 3 de akadama para 3 de humus, ou mais humus que akadama. Evite danificar demasiadas raízes durante o transplante, pois poderá começar a perder ramos mais finos. DEVE manter a terra sempre húmida nos meses a seguir ao transplante, não podendo nunca a terra secar por completo.
Nunca fertilize no mês a seguir ao transplante, mas eu aconselho que espere dois meses para a começar a fertilizar.

Poda: Para aparar apenas, corta-se o rebento da ponta que leva à ramificação. Para formação e ramificação, deve-se deixar um mínimo de 2 folhas saudáveis no ramo e cortar a cima deixando um pequeno toco. Para se dar mais volume e mais folhas, deve-se podar acima de cada par de folhas que apareça, desde que as folhas existentes tenham aberto por completo e apresentem aspecto de serem mais adultas. Para diminuir o tamanho da folha é habitual fazer, em espécies saudáveis a desfolhação. Basicamente corta-se toda a folha e deixa-se apenas o pé que a segura agarrado ao ramo. As que voltas a nascer, nascem mais pequenas porque têm menos energia disponível e a existente tem de ser distribuída por todas as que nascem. Porém é solução para esse ano… no ano seguinte voltam a nascer com o mesmo tamanho inicial.

Reprodução: Por estacas de crescimento do ano anterior, porém deve-se limpar o ramo cortado deixando apenas 2 folhas, para evitar dispendios de energia. Por semente, deve-se passar pelo processo de estratificação e quando tiver raíz plantar. Manter a terra bem húmida o que garante a sobrevivência após germinação.
Estratificação: é o processo pelo qual a semente passa por vários níveis de temperatura e humidade a fim de deteriorar a camada protectora exterior e facilitar assim a germinação. O processo mais rápido é lixar ligeiramente a camada exterior da semente, sem a danificar, coloca-se em cima de um guardanapo de papel molhado que deve posteriormente ser colocado dentro de um saco plastico transparente. Depois coloca-se na prateleira mais baixa do frigorífico onde fica durante pelo menos 1 mes, posteriormente se obtiver raíz pode ser plantada, se não obtiver, pode permanecer no frigorífico até ao máximo de 3 meses. Planta-se em terra (não muito fundo) e manem-se a terra húmida.

Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.

Treino: Por ser de crescimento muito rápido pode-se usar arame mas com muito cuidado para não ficar marcado, algo que começa a acontecer 15 dias a um mês após colocação deste. Por esse motivo usar por exemplo ráfia, usar estacas ou amarrar pesos, são alguns dos melhores métodos.

.
.
.
.
.
.
.
Algumas Espécies mais conhecidas
Acer buergerianum
Acer buergerianum
.
.
.
.
.
.
.
.
Acer campestre

Acer campestre

.

.

.

Acer carpinifolium

Acer carpinifolium

.

.

.

.

Acer caudatum


Acer caudatum

.

.

.

Acer japonicum Thunb.
Acer japonicum Thunb.

.

.

.

Acer monspessulanum L.
Acer monspessulanum L.

.

.

.

Acer palmatum matsumurae

Acer palmatum matsumurae

.

.

.

.

Acer palmatum var. dissectum

Acer palmatum
var. dissectum

.

.

.

Acer rubrum

Acer rubrum
(Costuma-se ver em folha vermelha no clima frio)

http://www.ginkgo.biloba.online.fr/acer/especes/index.htm

Posted in * FICHA TÉCNICA | 9 Comments »

SAGERETIA THEEZANS

Posted by mestrebonsai em Fevereiro 18, 2011

Ultima actualização: 13/1/2014
 SAGERETIA THEEZANS

Arbusto/árvore encontrado a Sul da China e em alguns locais da America do Norte.

Ambiente: Prefere climas amenos e de humidade constante. Quando exposto ao sol tem tendência em queimar as folhas parcialmente e em casos extremos, queimar totalmente a folha. Em vaso tal facto extremo é o mais comum. Pelo que se deve ter o cuidado de lhe fornecer o máximo de luminosidade possível mas evitar o sol directo durante os meses quentes ou de verão.

Características: As folhas da Sageretia crescem de forma alternada.  As flores são muito pequenas e brancas e passam despercebidas. Os frutos são pequenos e preto-azulado, e comestíveis (apesar de não terem nenhum sabor em especial). De qualquer forma aconselho cuidado uma vez que o fruto de alguns cultivars desarranjam os intestinos.
Cresce entre 1mt e os 3mt. Quando em crescimento livre na Natureza, as folhas têm entre 1,5 cm e 4cm. Em bonsai porém, reduzem naturalmente entre o 1cm e os 1,5cm. Existem cultivars com folha mantém-se numa média de 6mm.
É de folha persistente, porém no nosso inverno “torna-se” de folha caduca, as folhas mais antigas ou menos saudáveis tornam-se amarelas e caem, sendo natural 1/3 das folhas totais cair (dentro de casa). No exterior perde uma maior quantidade, podendo ultrapassar mais de metade.

A casca do tronco acastanhada claro nas áreas mais novas e castanho acinzentado nas áreas mais antigas. Estas áreas antigas têm alguma tendência em descascar nas épocas do ano mais quentes. Tal mecanismo permite ao arbusto dar rebentos em zonas de tronco/ramos mais antigos.
Tem algum hábito em criar “rebentos ladrões” junto às raízes pelo seu mecanismo natural de evolução.

São de evolução lenta quanto à grossura de tronco e ramos, pelo que é aconselhável o seu cultivo nos maiores recipientes possível para o desenvolvimento dessa estrutura. As espécies, comerciais, que se vê à venda com troncos grossos, são cultivadas na China, directamente no campo até ao aspecto desejado e depois transplantadas para um vaso bonsai ao fim de pelo menos 10 anos.

Fertilização: Fertilização em excesso queima as raízes com facilidade. Os primeiros sinais são os das folhas ficarem castanhas como se estivessem queimadas pelo sol, sendo seguida por um escurecimento em casos mais extremos. É preferível fertilizar-se em quantidades mais pequenas, até porque mais alimento dá origem a novas folhas maiores.

Rega: Apesar de ser uma espécie que gosta de água, não é de forma alguma uma planta aquática, pelo que excessos, como pratos com água debaixo do vaso levam ao apodrecimento das raízes e à sua morte. Principalmente durante o Inverno. Deve-se manter a terra bem húmida durante todo o tempo quente e ambientes secos, e a terra apenas algo húmida (humidade-pano-torcido) durante o Inverno.
NUNCA borrifar as folhas, principalmente no interior e durante tempo frio e húmido, pois leva ao aparecimento de fungos (como o míldio) nas folha, que acabam por matar o bonsai.
Na natureza o “vaso” dela é literalmente o planeta terra e tudo é diferente… velocidade crescimento é maior, raízes maiores, etc  Ou seja consegue ir reagindo…
Mas se formos à China (esta espécie mais vendida) ou à America do Norte verificamos que mesmo assim morrem muitas antes de chegarem a tamanhos interessantes… exactamente por causa de fungos e áfidos. Em vaso os problemas multiplicam-se rapidamente e essa é a diferença. Se precisa de “lavar” as folhas… uma vez não deverá ter problema! Convém fazer pela manha para dar tempo à água de evaporar.

Transplante: Quando começa a Primavera vegetativa, até fim da Primavera, nunca no Verão, Outono ou Inverno. Durante o transplante não deixar as raízes secarem. Gosta de solos equilibrados entre húmus e minerais, daí que evolui melhor em misturas de 2 de akadama para 2 de humus, ou mais humus que akadama. Evite danificar demasiadas raízes durante o transplante, pois poderá começar a perder ramos. DEVE manter a terra sempre húmida nos meses a seguir ao transplante, não podendo nunca a terra secar por completo.
Nunca fertilize no mês a seguir ao transplante, mas eu aconselho que espere dois meses para a começar a fertilizar.
Poda: Para aparar apenas, corta-se o rebento da ponta que leva à ramificação. Para formação e ramificação, deve-se deixar um mínimo de 2 folhas saudáveis no ramo e cortar a cima deixando um pequeno toco. Cada par de folhas ramificará num rebento, ou seja, aparecem dois rebentos junto às folhas que ficaram. Para se dar mais volume e mais folhas, deve-se podar acima de cada par de folhas que apareça, desde que as folhas existentes tenham aberto por completo e apresentem aspecto de serem mais adultas.
Reprodução: Por estacas de crescimento do ano anterior, porém deve-se limpar o ramo cortado deixando apenas 2 folhas, para evitar dispendios de energia.  Por semente, basta colocar em terra e cobrir. Mantém-se a terra bem húmida o que leva à decomposição da baga, a fermentação facilita a germinação das sementes.
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
Treino: Por ser de crescimento muito rápido pode-se usar arame mas com muito cuidado para não ficar marcado, algo que começa a acontecer 1 mês após colocação deste. Por esse motivo usar por exemplo ráfia, usar estacas ou amarrar pesos, são alguns dos melhores métodos.

Posted in * FICHA TÉCNICA | 6 Comments »

Ligustrum

Posted by mestrebonsai em Fevereiro 8, 2011

 LIGUSTRUM SINENSE, L. japonicum, L. vulgare …

Alguns nomes comuns: Alfeneiro, Alfenheiro e Alfena (relacionados com o Lig. vulgare)
Existem muitas subespécies, veja no Wikipédia. Porém nunca existiu uma chamada “chinensis” ;-).

Arbusto / árvore encontrada na Europa central e Europa do Sul, Ásia, America do Norte e Continente Australiano.

De casca entre o Acinzentado e o Castanho claro. Ramos têm tendência em crescer erectos quando não treinados. Geralmente entre os 3mt e os 5mt no estado selvagem.
Dá flôr após meio do verão que crescem numa haste longa (Panícula). Têm uma fragância forte e adocicada, para atrair os insectos e garantir a polinização. Em bonsai tem menos tendência em florir devido à poda e ao facto da panícula sair do limite visual do bonsai uns 4 a 6cm, tornando-o desequilibrado, por isso existe tendência em corta-la mesmo antes de florir.
Depois de polinizada a flor dá origem a uma baga verde que escurece tornando-se preta-arroxeada no final do verão e início do outono. Cada baga contém no interior cerca de 4 sementes. Dependendo da sub-espécie de Ligustrum as bagas podem ser VENENOSAS para o ser humano se ingeridas, porém são um alimento apreciado por alguns pássaros, sendo os melros e o vulgar pardal os primeiros a come-las (em Portugal). As sementes passam pelo trato digestivo do animal e saem apenas as pequenas sementes de modo natural com os excrementos, ficando assim com uma boa base de partida para início de crescimento.

 
(Nas duas imagens em cima, Lig.japonicum)

Os ligustrum mais próximos do equador têm mais tendência em ser perenes, por evolução climática.

Muito utilizado como planta ornamental, pelos Chineses e pelos Japoneses (Lig. ovalifolium) para os seus jardins e alguns bonsai, apenas recentemente muito mais utilizados comercialmente. Utilizados também pelos Ingleses e mais intensamente pelos Franceses (Lig. vulgare “buxifolium”) nas bordaduras e separações de Jardins.
  
(Nas três imagens em cima, Lig. vulgare)
O Ligustrum vulgare é muito utilizado em Portugal, inclusive as suas bagas que são utilizadas para misturar no vinho e intensificar a sua cor.
Era utilizado pelos antigos como porta enxerto, relativamente às oliveiras (Olea).

 EM BONSAI a espécie mais utilizada é sem dúvida o

 LIGUSTRUM SINENSE (L.sinensis segundo alguns autores)

 Ambiente: Prefere climas amenos e de humidade constante. Quando exposto ao sol tem tendência em queimar os rebordos das folhas e em casos extremos, queimar totalmente a folha. Em vaso tal facto extremo é o mais comum. Pelo que se deve ter o cuidado de lhe fornecer o máximo de luminosidade possível mas evitar o sol directo durante os meses quentes ou de verão.

 Características: É a espécie mais conhecida como bonsai na Europa, devido à facilidade de a manter, bastante resistente e com brotação abundante sendo uma das espécies ideais para quem está a dar os primeiros passos na arte bonsai. É um arbusto nativo da China que pode ter 3 a 7 metros de altura. Planta de folha caduca ou semi-caduca,  no Inverno em ambientes frios tem tendência em perder uma boa parte das folhas que se tornam amarelas, principalmente se estiver no exterior. De folhas opostas, o que permite em termos de poda o aparecimento de dois novos ramos sempre que o topo de crescimento a seguir à folha é removido.
Existem sub-espécies de folha completamente verde e algumas de folha variegata, assim como existe uma sub-espécie cultivar que apresenta folha de um amarelo dourado. Deve-se manter a terra um pouco mais do que húmida no verão por ser uma espécie que absorve água com estrema facilidade e porque cria muitas raízes e muito facilmente.

 Fertilização: Fertilização em excesso queima as raízes com facilidade. Os primeiros sinais são os das folhas ganharem uma tonalidade castanha, sendo seguida por um escurecimento em casos mais extremos. É preferível fertilizar-se em quantidades mais pequenas, até porque mais alimento dá origem a novas folhas maiores.

Rega: Apesar de ser uma espécie que adora água, não é de forma alguma uma planta aquática, pelo que excessos, como pratos com água debaixo do vaso levam ao apodrecimento das raízes e à sua morte. Principalmente durante o Inverno. Deve-se manter a terra bem húmida durante todo o tempo quente e ambientes secos, e a terra apenas algo húmida (humidade-pano-torcido) durante o Inverno.
NUNCA borrifar as folhas, principalmente no interior e durante tempo frio e húmido, pois leva ao aparecimento de fungos (como o míldio) nas folha, ramos e tronco que acabam por matar o bonsai.

Transplante: Quando começa a Primavera vegetativa, até meio do Verão, nunca no Outono ou Inverno. Durante o transplante não deixar as raízes secarem. Cortar a ponta das raízes estimula a sua ramificação, por isso mais pontos de absorção de água/alimento. Gosta de solos um mais ricos em húmus mas com minerais, daí que evolui melhor em misturas de 1 (max.2) de akadama para 3 de humus, ou mais humus que akadama.
 
Poda: Para aparar apenas, corta-se o rebento da ponta que leva à ramificação. Para formação e ramificação, deve-se deixar um mínimo de 2 folhas saudáveis no ramo e cortar a cima deixando um pequeno toco. Cada par de folhas ramificará num rebento, ou seja, aparecem dois rebentos junto às folhas que ficaram. Para se dar mais volume e mais folhas, deve-se podar acima de cada par de folhas que apareça, desde que as folhas existentes tenham aberto por completo e apresentem aspecto de serem mais adultas.
 
Reprodução: Bastante fácil por estacas, tão fácil que enraíza em copos com água, porém deve-se limpar o ramo cortado deixando apenas 2 folhas, para evitar dispendios de energia.  Por semente, basta colocar em terra e cobrir. Mantém-se a terra bem húmida o que leva à decomposição da baga, a fermentação facilita a germinação das sementes.
 
Higiene: Deve-se limpar as folhas que caem na terra, acumulam fungos ao apodrecer que acabam por ser transmitidos à planta viva. Pode varrer facilmente as folhas amarelas/secas com uma vassourinha para bonsai, quer no solo, quer nos próprios ramos.
 
Treino: Por ser de crescimento muito rápido pode-se usar arame mas com muito cuidado para não ficar marcado, algo que começa a acontecer 2 a 3 semanas após colocação deste. Por esse motivo usar por exemplo ráfia, usar estacas ou amarrar pesos, são alguns dos melhores métodos.
 
 
 L.sinense variegata        /      Lig.Sinense
 
  

Posted in * FICHA TÉCNICA | 32 Comments »

Malus sargentii

Posted by mestrebonsai em Novembro 7, 2010

Malus sargentii

Nome Comum: Macieira
Existem cerca de 35 subespecies, entre eles Malus silvestris, Malus halliana, Malus cerasifera, Malus toringoides, Malus x atrosanguinea, Malus baccata, Malus floribunda.

Esta especie floresce abundantemente e o aroma das flores e inebriante durante grande parte da Primavera. Tal favorece a polinizaçao, se o bonsai estiver no exterior, obtendo um resultado espectacular. Dezenas de pequenas maças cada uma com um diametro entre 3 a 5cm, de cor vermelha.

O Outono torna-lhe as folhas amarelas, que caem geralmente antes do Inverno. Porem, e normal as maças permanecerem firmes e seguras, caindo mais tarde.

A macieira gosta de sol, mas a terra deve permanecer humida, sem ser encharcada, principalmente durante a epoca de frutificaçao. Demasiado seca e morre desidratada, demasiado molhada e começa a apodrecer pelas raizes, sendo posteriormente infectada por fungos que a matam.

Deve-se evitar ao maximo borrifar as folhas ou ficara infectada com Mildeo. Deve ficar num local com bastante ar e evitar correntes de ar.
Prefere o exterior abrigado. As geadas e frio intenso matam os ramos mais frageis.

Deve ser fertilizada de modo constante e lento, por exemplo 5 a 10 gotas de fertilizante em todas as aguas de rega. Para-se totalmente no Inverno.

Existe alguma tendencia para se deixar todas as macas nos ramos, mas tal facto leva a arvore a exautao e ao fim de 7 a 10 anos pode estar de tal forma fraca que acaba por morrer.
Para evitar, deve-se selecionar os frutos e deixam-se apenas um maximo de 1 maça por ramo. Caso se pretenda manter todas as maças, deve-se alternar anos com e sem fruto, eliminando-se totalmente as flores que forem aparecendo.

Deve-se efectuar o transplante a cada 2 anos, sempre na Primavera vegetativa com uma mistura rica em humus, preferencialmente 25% terra barrenta (akadama) e 75% humus.

As podas devem ser feitas de modo a deixar uma a duas folhas no ramo, de preferencia na primavera, antes da frutificaçao.

Pode ser propagada pelas sementes nas maças por estratificaçao (frio e apos germinaçao em temperatura ambiente), ou entao por estacas durante o outono. Funciona melhor por alporque no inicio do Outono ou preferencialmente fim do Inverno.

As pestes mais comuns como afideos, lagartas e  alguns escaravelhos podem ser tratados de forma natural se for detectado no inicio ou com insecticidas. Os fungos devem ser tratados assim que aparecem, principalmente o mildeo e a ferrugem.

Posted in * FICHA TÉCNICA | Leave a Comment »